Corpos Nus



Sigo então a minha viagem pelas passadeiras flutuantes do mundo espiritual, com a morte sempre ao meu lado a bater em crânios, como se fossem teclas de piano, dizendo-me várias e infinitas barbaridades em suspiro ao ouvido, enquanto esboça aquele riso cínico, até eu perder as forças e desfalecer em vão.
Descalça continuarei a caminhar em cima de corpos mortos, nus, sem dignidade, mesmo assim, eles puxam-me para junto deles, por vezes... jogam cartas com o meu coração, apostam a minha alma e bebem o meu estado psicológico, drogam-se com a minha alegria e não sabem viver sem saberem da minha vida.
E é assim que eu me rio deles.
-Lendária

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